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37 anos da morte de José Mendes - (15/02/2011)

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José Mendes
20/4/1939 Lagoa Vermelha, RS
15/2/1974 Pelotas, RS
Este é mais um que merece nosso respeito e reconhecimento pela herança que nos deixou como músico.

HOMENAGEM Á MEMÓRIA DO CANTOR JOSÉ MENDES

Cantor. Compositor. Nasceu na localidade de Machadinho, no município gaúcho de Lagoa Vermelha. Com a separação dos pais, mudou-se para a cidade de Santa Terezinha, no distrito de Esmeralda, em 1944, passando a residir com pais adotivos. Viveu em Santa Terezinha durante 14 anos, período no qual trabalhou como peão de estância e começou a fazer suas primeiras serenatas. Começou a se interessar pela música aos 14 anos, formando pouco depois, com um amigo, uma dupla amadora chamada "Os Irmãos Teixeira". Em 1958, foi prestar o serviço militar e mudou então para a cidade de Vacaria, onde se fixaria depois do serviço militar, decidindo, então, seguir a carreira artística.

Iniciou a carreira artística em 1960, quando se mudou para a cidade de Júlio de Castilhos, onde formou o trio Os Seresteiros do Pampa. Em 1962, depois de excursionar pelo nordeste do Rio Grande do Sul e por algumas cidades de Santa Catarina, decidiu que era hora de gravar um disco, ou abandonar a carreira. Pediu dinheiro emprestado ao fazendeiro Irineu Nery da Luz, que lhe cedeu a quantia de 20 mil cruzeiros, para viajar até São Paulo. Na capital paulista, dormiu vários dias em bancos da rodoviária, alimentando-se de pão e banana. Conheceu então os radialistas Zé Tomé da Rádio Tupi, e Teixeira Filho da Rádio Cultura, e os artistas Pedro Bento, Zé da Estrada, Zilo, Zalo, Palmeira, então diretor artístico da gravadora Continental e Biá, além do acordeonista Alberto Calçada, que tocou acordeom em seu primeiro disco. Apresentou suas composições a Palmeira que o levou para gravar o disco pela Continental, aconselhando-o a colocar as músicas que eram todas dele em parceria com radialistas de São Paulo e Rio de Janeiro, para que tivessem divulgação. Utilizando o nome artístico de Gaúcho Seresteiro, gravou o LP "Passeando de pago em pago", uma autêntica crônica de suas viagens pelo Rio Grande do Sul.

Nesse disco, gravou doze composições, todas de sua autoria, mas que acabaram aparecendo com diferentes parceiros, todos radialistas: a música título, com Sebastião Ferreira da Silva, "Roubei a fazendeira", com Carlos Armando, "Cantando ao luar", com Nino Silva, "Porteira do Rio Grande", com Teixeira Filho, "Não sou culpado", com José Teixeira, "Saudades de Júlio de Castilhos", com Leonel da Cruz, "Excursão catarinense", com Sertãozinho, "Sou do Rio Grande", com Milton Gomes, "Capital gaúcha", com Domingos de Palo, "Gaúcho gaudério", com Zé Tomé, "Sem teu amor", com Carlos Armando, e "Cruzaltense", com Coronel Narcizinho. Depois da gravação do disco, retornou para a cidade gaúcha de Vacaria e, logo em seguida, mudou-se para a cidade de Porto Alegre, onde chegou a dormir dentro de carros em uma garagem na qual trabalhava um amigo. Começou a fazer apresentações em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a fim de divulgar o disco, fazendo isso por cinco anos. Em Porto Alegre, apresentou-se em diversos programas de Rádio, entre os quais, "Festa na roça" apresentado por Nelson Souza na Rádio Itay, e "Programa Grande Rodeio Coringa", na Rádio Farroupilha, no qual conheceu Darcy Fagundes e Luiz Menezes que se tornaram grandes amigos seus. Nesse período, participou de várias caravanas artísticas ao lado de nomes como Airton Pimentel, Os Araganos, Velho Mirongueiro, Os Mirins, Luiz Mullher, Portela Delavy, e as duplas Milton e Almerinda e Xará e Timbaúva, entre outros. Numa dessas viagens, em companhia de Portela Delavy e Luís Muller, ocorreu um episódio que mudaria sua vida. Viajavam de kombi para a realização de um show, quando o carro quebrou e tiveram que pegar um ônibus. A certa altura dois peões começaram a discutir até que um deles, para terminar o assunto falou: "Pára Pedro", e tornou a repetir "Pedro, pára". Estava dado o mote para ele e Delavy comporem o xote "Pára, Pedro". A música foi apresentada primeiramente no programa radiofônico "Grande Rodeio Coringa" causando grande impacto, recebendo o incentivo de todos para que a gravasse. Em 1967, voltou a São Paulo, a fim de gravar seu segundo disco.

Foi recusado pela Continental e pela Chantecler, até que a gravadora Copacabana resolveu lançar "Pára Pedro" em compacto simples. O disco tornou-se rapidamente um grande sucesso nacional e internacional, sendo regravado em diversos gêneros, por diferentes cantores na América Latina. O compacto vendeu mais de 600 mil cópias e se tornou o disco mais vendido do ano, o que lhe valeu da TV Gaúcha o "Troféu de Consagração popular".

Na época, uma reportagem da revista "O Cruzeiro" dava conta da enorme popularidade alcançada por ele: "Ligue o rádio e ouça. Esteja você em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Porto Velho ou no Acre. E até atravessando fronteiras, na Argentina, Uruguai ou Bolívia. Você poderá ouvi-la com o seu criador, um moço gaúcho, chamado José Mendes, ou com Raul Gil, Élcio Alvarez, Trio Irakitan, Os Araganos, e também em ritmo de iê-iê-iê, com os Brazilian Beatles, ou The Stranger's.

Faleceu em 1974, no auge do sucesso, quando a camionete Veraneio na qual viajava com mais três pessoas, voltando do show em um circo na cidade de Pelotas, colidiu de frente com um ônibus na altura de Porto Novo na rodovia Rio Grande-Pelotas. CEMITÉRIO DA IRMANDADE ARCANJO SÃO MIGUEL E ALMAS PORTO ALEGRE - RS. LISTAGEM DOS SEPULTADOS EM ORDEM ALFABÉTICA DE SOBRENOMES GUIMARAES JOSE MENDES 15/02/1974

Em 2002, foi homenageado com a publicação do livro ""Pára, Pedro - José Mendes - Vida e obra", de Ajadil Costa.


Colaboração: Hilton Luiz Araldi
Fonte: http://josemendescantorgaucho.blogspot.com/2009/02/cantor-jose-mendes-rs-brasil_24.html
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